"Querida, você tem um coração na garganta"
Minha avó

terça-feira, 29 de julho de 2008

Olhar estrangeiro

Da esquerda para direita: Joana, meu marido (a razão de meus dias mais leves), EU
Minha amiga portuguesa Joana já se demorava mais nas vogais, sua voz já quase macia porém mantinha o afiado olhar estrangeiro. Algumas de suas observações: E as latas de lixo? Os brasileiros são cá muito atenciosos. Pronto. Pois. Sinto-me mal. Cá estou eu a comprar uma Melissa de cem reais / euros e este miúdo a pedir dinheiro para comer (um dos paradoxos da Oscar Freire!). Não estão a perceber nada do que digo. O que estão a pichar nos prédios? Como conseguem pichar naquela altura? Oferta? O que estão cá a oferecer?




quinta-feira, 17 de julho de 2008

Axioma (a la Balzac)

Somos todos iguais....não será lá muito interessante ver o mundo sob o ponto de vista de uma privada.

quinta-feira, 3 de julho de 2008

Anotações elucidativas para melhor entendimento da dita "alegria intransitiva"

Estava me sentindo bem naquela manhã. Uma espécie de alegria sincrônica, um rombo no peito simultâneo ao que me dessem como garantia de vida naquela manhã. Certa música que ouvisse antes de ligar o rádio, de fato. Uma frase dita, antes que alguém pensasse em abrir a boca. Uma ligação importante concomitante (odeio esta palavra!) ao meu desejo de ser importante. “Não pode ser, tudo tão perfeito!”, pensei. *

* fragmento de um conto inacabado meu (um dia...)